domingo, 24 de junho de 2012

Brisa

Que palavras podem exprimir
Tantos sorrisos jogados ao vento?
Deveras algum dia sentir
A brisa que me mima todas as manhãs.
Ela me consome de tal forma,
Que sinto-me dançar em passos leves
Uma melodia que me leva vagarosamente
A sutileza incomum.
E sua voz?
Ah...sua voz me faz cantar sem cessar
Que meu peito quer explodir de tanto
Senti-la e só.
Diga-me,em tons de franqueza,
O que vale mais que isso?
Estou me desfazendo das torturas,
Me ensurdecendo para ecos medíocres
E me desapegando dos meliantes que me toma o tempo.
Quero mais da brisa que me leva para longe daqui.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Muralhas

Preciso adentrar-me como antes,
Mergulhar nas minhas vontades.
Vontades que negligenciam meu entender
E que me afastou do meu eixo principal.
Sem elas,jamais poderei ir ao alto dos meus sonhos
Nem confundir-me quando meus pensamentos predominarem.
Com elas,me perco nas verdades do que não sou,
Sinto os desejos que jamais foram meus
E construo muralhas dentro do meu peito.
Quero entender até que ponto
Essas vontades levianas atingirão
O meu interior.

domingo, 24 de julho de 2011

Indescritível

Não me culpem por estar tão distante,
Nunca imaginei que algum dia
Alguém fizesse meus poemas
Se tornarem pequenos demais.
Que alguém fosse capaz
De destruir todos os medos que adquiri
E construisse em mim algo forte
O bastante para poder ser indescritível.
Eu não sei descrevê-lo
E isso me tira a paz,me tira o sono.
Eu não sabia o que era amor,
Mas sabia dizê-lo com propriedade.
Agora que o vivo...
Esqueci como manuseá-lo.
Perdi meu controle,só sei senti-lo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amar com a alma

Se algum dia
Eu te disser que alguém
É a razão pela qual escrevo,
Assuste-se.
Esse alguém acabou de se tornar
O centro de toda minha inspiração.
Sendo assim,tornou-se
Meu motivo de sonhar e de viver.
Honestamente,
Eu nunca os disse
Nem nunca senti necessidade de dizê-lo.
Mas se algum dia eu disser,
Só haverá uma única explicação:
Eu finalmente aprendi a amar com a alma.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Meu refúgio

Eu escrevo porque
A escrita é meu refúgio,
Minha meditação suprema.
Jamais tive a intenção
De agradar aqueles que permanecem
Sempre com os pés no chão.
O concreto é só concreto,
Mas o sonho,a filosofia,
O céu e os meus poemas,
Para mim são uma maneira
De tocar aonde ninguém alcançaria.
Só meus pensamentos e eu.
Eu não espero ansiosamente
Por uma aprovação mundial
Nem que tudo isso se torne prolixo.
Aqui está a minha essência
E essências não precisam ser aceitas,
Precisam somente ser provadas.

O óbvio

Talvez o grande motivo
De eu não enxergar
Coisas óbvias
Seja minha capacidade
De me infiltrar maravilhosamente
No que ninguém quer enxergar.
Sim,eu assumo...
Eu cansei de me perder no óbvio.
Sempre estou hipnotizada
Por tudo aquilo que vai além...
Eu sempre gostei mais do lá
Do que do cá.
Eu sempre fui contraditória a sociedade.
Não,nunca foi proposital...
Essas visões tão distantes da realidade
Me fizeram mais eu
E eu gosto desse sabor de eu sem mistura.
Talvez eu ainda continue
Me questionando demais
E ainda me compare demais
Com algo que eu nunca vou querer me tornar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Improvável

Até ontem eu vivi
A enorme estupidez
De achar que o imprevísivel
Estava muito distante de mim.
Aprendi a estacionar-me
No correto,no metódico.
Parei de ser covarde.
Não espero mais o que
Os outros esperam.
Sinceramente?
Eu não ligo se der errado,
Se o que eu sinto engrandecer
E me der o que eu sempre esperei.
Mas de uma coisa sei...
Quando penso estar imune,
Meu coração se encanta
Justamente pelo improvável.
E eu o quero.