sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Se quer saber...

Se quer saber
Estou tranquila.
Vivo fazendo acordos
Comigo mesma
E meus conflitos
Sabem me respeitar
Como ninguém.
Se quer saber
Tenho a habilidade
De estar só e estar comigo,
Mas sinto uma necessidade
Gritante e extremamente minha
De me sentir e não sentir.
Se quer saber
Não é fácil decifrar
Em mim o que quero
E o que sonho...
É provável que saia
Sem saber se quer saber
Ou não.

Quatro e dezoito

Não sou metade
E temo o inteiro.
Esvazio-me do nada
Para que eu possa
Obter o tudo
Que há em mim.
Sutilmente inalo
O melhor da serenidade
E extraio estranhamente
O que existe em meu ser.
Olho pro ceú
E tenho a impressão
De que tudo permanece.
Olho pro retrato
E já não me sinto
Em outro lugar
Como me sinto aqui.
Tinha os mesmos traços aos quatro
E estava do lado de fora aos dezoito.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Sem sentido

Pudera alguém
Sentir o que sinto.
Meu coração
Soube transcender
De forma absoluta.
Sinto-me transbordar
E minha alma está completa,
Sem esforço nem hipótese.
Tenho em mim o prazer
De sentir o que pouco se sente.
Não sei dizê-lo
Mas sinto ofuscar em mim
A vontade de explodir,
De calar e de dizer.
Sinto-me como uma carta
Fora do baralho
E agora tudo faz sentido.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Seus olhos

Não posso dizê-lo em vão
Nem dizê-lo tão rápido.
Mas tenho em mim
O progresso de suas cautelosas
E humanas palavras.
Não posso descrevê-lo
Com tanta normalidade
Pois,tenho em mente
A especialidade do seu ser.
Permita-me então
Dizer que tú tens o infinito
E a verdade sob os olhos.
Permita-me então
Dizer que tú podes desfrutar
Da altitude e da intensidade
Que a divindade soube
Colocar com delicadeza
Em seus olhos radiantes.