quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Não fumo,não bebo

Dizem que sou ansiosa,
Estática,abatida,entusiasmada.
E sou.
Gosto dos absurdos.
Gosto do improvável.
Gosto de ter sonhos ...
E eles não mudam.
Só aumentam.
O problema é que influências
Não me regeneram.
Nem me poupam a teimosia.
Não fumo,não bebo.
Sou feita de verdades.
Pessoas incapazes não me abatem.
Só pessoas grandiosas sabem me afrontar.

Palavras

Não prolifere palavras afetivas,
Senão amas a pessoa.
Palavras abrem campos.
Se encaixam e se manifestam,
De forma absurda.
É possível amar,só por palavras.
Amar somente as palavras.
Palavras penetram os sentidos,
Penetram os ouvidos,
Penetram o coração.
Palavras ficam para sempre,
O vento só as leva,
se estivermos totalmente fechados.

O sábio

Sábio é aquele que questiona,
não aos outros,mas a si mesmo.
Sábio é aquele que não diz,
mas emite somente o que é viável.
Sábio é aquele que não usa termos,
Mas sim a experiência.
Sábio é aquele que respeita a intuição,
Que instiga a realidade e os fatos.
Sábio é aquele que diz não saber de nada.

Memória de proveta

Minha memória é tão fugaz,
Ela vive e volta.
Ela redopia,me devolve.
Me tira,me bate,me ama.
Tem pactos e impactos com você.
Me distrai transitóriamente,
me distingue das árvores e das fadas.
De tudo e de nada.
Ela não sabe te esquecer,
Ela só te tem de proveta.
Aos poucos,aos goles,
Mas não mata a sede.
Só me provoca.
Só memoriza.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ciúmes

O ciúmes é a incapacidade
De dizer e de aceitar,
Que alguém tem grande
Importância para si.
O ciúmes é o cúmulo,
O rascunho e o sinônimo do amor.
O ciúmes é querer,
é explodir,é não querer perder.
Sem dividí-lo nem multiplicá-lo
Mas adicioná-lo a mim
E ao meu coração.
Que teima em não saber
Dizer que eu só sei,
Querer você.
O ciúmes é o descontrole,
É o assustador símbolo
De nao saber lidar com isso.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Moldes da vida

As perspectivas
Do mundo me ignoram.
Me submetem ao
Seus desejos,
As suas vontades.
As mesmas não são as minhas.
O senso comum,
Me incomoda.
O desespero,
Me faz ser intolerante.
A expressão,
Agora é sinônimo de carência.
É desnecessário.
A imparcialidade é idiotice.
O meu grito,
Exala o que gostariam de dizer,
Mas os moldes que a vida impõem,
Infelizmente,não lhe permitem.
Sinceramente?
O mundo vive sobre farsas vazias.

Estupidez

Se tu és limitado,
não aches que devo ser como tu és.
Pois não sou,
Nem nunca serei.
Não pertenço a maioria,
Não sei enxergar de modo breve,
Sem intensidade.
Não pertenço a esse mundo sedento
De paz,de amor,de palavras.
Não sei ser lúcida,
Só sei ser lunática;
Então,não passe por mim
Nem me transmita,só me respeite.
Não tenho culpa nem remorso,
De não ter aprendido a ser comum.

domingo, 17 de outubro de 2010

Não sou poeta

Não sou um poeta,
mas exprimo a verdade,
A farsa e a ilusão.
Não sei escrever.
Sou incoerente.
Mas transmito descontente,
aquilo que me dominou.
Nem sempre minhas ânsias,
Minhas náuseas,minha vida.
Mas talvez as suas ânsias,
as suas náuseas,a sua vida.
O grito que teu peito,
não sabe ecoar.

Moça bonita

Eu não sei mais oque sou.
Sei oque fui.
Mistérios me encantam,
Mas não me satisfazem.
Estou longe da maturidade
E da criança inocente.
A boneca permanente,
ainda permanece aqui.
Entre livros e rosas,
sonhos e fossas,
Beijos e risos,
irresponsáveis,juízo.
Mãe!tenho saudade...
Dos tempos que era verdade,
que o príncipe viria
e não romperia o meu coração.
Aquela moça bonita,
Que distante estaria
Daquilo que sou...
Hoje sou eu.

Saudade

As vezes me doí o peito
Saber que tú estás tão longe,
No pranto,num canto,
Eu canto aqui,
uma eterna melodia;
Interminável,indecifrável;
Aquela que eu te dei
E não pedi de volta.
Aquela que joguei
E que tanto me revolta.
Aquela que a ti não mais cantarei,
Pois será cantada outro dia,
em constante alegria,
Por outro alguém que te ame mais.

O medíocre

covarde é aquele,
Que te evita olhar nos olhos.
Vive em devaneio,
Em descobrir todos os anseios
De uma vida peculiar.
De uma vida que não lhe pertence,
E aceita a mediocridade,
De um ser que pouco sabe
O tamanho da desumanidade
Que é invadir a privacidade
De qualquer ser humano comum.

sábado, 16 de outubro de 2010

Incógnita

Te peço que não me sufoque,
nem me abandone.
Sou maçante,
Sou incógnita.
Sou a fé e o pessimismo.
Sou aquilo e não mais isso.
Sou leão,uma melodia.
Sou coruja,sou um livro.

O amor

O amor é um processo,
Um progresso irreversível,
inegável,obscuro,trágico;
Se não fosse um líbido inconstante,
sentimento irrelevante...
O cômico,o rídiculo,o incerto;
O mais certo de todos os poderes.
O poder mais hipócrita.
A hipocrisia tolerante.
Ah...senão fosse,
Eu seria destemida.

Deleite jovial

E no fúnebre olhar,
no amargo riso,choro;
Encanto,desasossego;
Sinuosidades me limitam
Nas ondas do teu leito.
Eu te pego,te entrego,
Me entrego,desapego
E te digo sem malícia,
exuberância e alegria
Que é tua minha vida
E que a ela tu conduz.

Sina

E agora me vejo...
Distante,distinta,
Fardada,faminta;
No deslumbre da vida
Que nesse instante instiga
Que é sina,é sua
é dela,é tua.
Seria se fosse,
Sem pose,sem acordos.
Na noite e no dia
Daria alegria
A quem lhe pertence.

Bianca Abreu

Quem disse?

Quem disse que posso?
Que quero?Que sinto?
Se posso,não faço.
Se quero,aprisiono.
Se sinto,explodo.
Se amo...nao digo.
O amor não é falável,
nem tão pouco explicativo.
O amor é nosso dono,
mas nós não somos donos do amor.