sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adepta

Daqui algumas horas
um novo tempo chegará.
Estou absolutamente certa
De que mil muralhas surgiram
E vou ter que descobrir
Uma maneira de ultrapassá-las.
Mas dessa vez serei sensato,
Pois esses anos me ensinaram.
Tomei a decisão mais imparcial
E sagaz da minha vida.
Rasguei todas as listas de hábito
E me desfiz dos meus planejamentos.
Me desapeguei da ideia de fazer
E joguei ao vento
Todo martírio por não ter concluído
Certos desejos e sonhos.
Estou adepta á liberdade de transformar
E de criar novos horizontes.
Pois o novo,hoje me atrai muito mais.
E toda a possibilidade
De poder trilhar e mudar de rumo
Me introduz um prazer insano
De brincar com o destino.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Leão voraz

Não tenha medo
Do rugido das feras sombrias
Se o leão mais voraz
Encontra-se dentro de você.
Não tenha medo
Se as ruínas do fracasso
Estiverem ecoando o seu nome,
Sempre haverá uma luz divina
E um reflexo de paz
Para fazer calar o terror.
Não tenha medo
De debilidades e de confrontos.
Ter uma mente íntegra afasta
Todos os fantasmas do mundo.
Não tenha medo
De mostrar-se distinto
E não se envergonhe
De não ter voz para gritar.
As palavras nascem do observar
e vivem no limite do saber.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Escolhas

As pessoas constroem muralhas
E as sustentam em suas almas.
De um lado,pode-se reinar,
Do outro,é o afeto que reina.
Cabe a cada um de nós
Escolher qual a melhor moradia.
As pessoas impõem leis
E as respeitam devido seu interesse.
De um lado,vivem as aparências,
Do outro,vivem todos os seus valores.
Cabe a cada um de nós
Saber com qual lado nossa consciência
Se relaciona melhor.

Distante

Te quero distante,
Pois a distância
Tem o poder de amenizar
O descaso e o desafeto.
Te quero distante,
Pois percebi que tua presença
Enfatiza seu disfarse leviano.
Te quero distante,
Pois seus relâmpagos não me apavoram
Nem sua tempestade me amedronta mais.
Te quero distante,
Pois quero admirar o brilhar das estrelas
Que minhas lágrimas não me deixavam ver
E que minha dor insistia em apagá-las vez ou outra.
Te quero distante,
Pois hoje sinto-te insuficiente para mim.
Seu sorriso não me encanta,
Suas palavras não me fazem mais adoecer.
Te quero distante,
Pois dispenso a ironia dos teus olhos,
Que não sabem contemplar a imensidade do céu
E que te impedem de enxergar a vida como eu.